Câncer de Pulmão

O câncer de pulmão é o segundo câncer mais incidente em todo o mundo, ficando atrás somente do câncer de mama. Por ser uma doença silenciosa em seus estágios iniciais, grande parte dos pacientes são diagnosticados já em estágios mais avançados. Entretanto, as últimas duas décadas foram marcadas por inovações extremamente importantes na prática diária, trazendo um panorama inspirador para seu tratamento.

Essas inovações englobam desde procedimentos de diagnóstico minimamente invasivos até a incorporação de diversas medicações ao arsenal terapêutico da doença já avançada, levando à redução da mortalidade e ao aumento da expectativa de vida dos pacientes.

A maioria dos pacientes apresenta-se para avaliação diagnóstica devido a sintomas como tosse, dor no peito, falta de ar, hemoptise (tosse com sangue) ou devido ao achado ocasional de uma lesão pulmonar, vista em um exame de radiografia ou tomografia do tórax. É possível, ainda, que o diagnóstico seja realizado de forma precoce, através de programas de rastreamento com tomografias computadorizadas de baixa dose de radiação. Os procedimentos de diagnóstico precoce são voltados, principalmente, a pacientes fumantes ou com histórico de tabagismo.

Para confirmação diagnóstica, é necessária a realização de uma biópsia – obtenção de tecido doente – para análise ao microscópio. Diversos procedimentos podem ser considerados: broncoscopia, broncoscopia ecoguiada, biópsia guiada por tomografia ou mesmo cirurgias minimamente invasivas (mediastinoscopia, videotoracoscopia, cirurgia robótica). Após a confirmação, outros exames de imagem podem ser recomendados, como tomografia do abdômen, cintilografia óssea e, em casos selecionados, PET-CT e ressonância de crânio.

O câncer de pulmão, ao ser estudado, foi dividido em diversos subtipos. Inicialmente, podemos classificá-lo em dois grandes grupos: carcinoma de pequenas células e carcinoma de células não pequenas. Este último, corresponde a 80-85% dos casos, sendo ainda subdividido em carcinoma de grandes células, carcinomas de células escamosas e carcinoma de células não escamosas. Entretanto, para que o tratamento seja individualizado e atinja seu potencial máximo, avaliações que vão além do tipo celular se fazem obrigatórias. Exames imunohistoquímicos e biomoleculares, como sequenciamento genético, são fundamentais em grande parte dos casos para uma melhor definição terapêutica.

No caso de doença em estágio inicial, a cirurgia desempenha o principal papel. Mas também a quimioterapia pode ser indicada, em casos selecionados, com intuito de reduzir as chances de retorno da doença e aumentar as chances de cura. Na doença avançada, pode-se lançar mão de estratégias como radioterapia, quimioterapia, imunoterapia ou terapia alvo.

Dra. Flávia Amaral Duarte aponta 

Considerando o fato de que o câncer de pulmão é uma doença extremamente heterogênea, com amplas possibilidades de diagnóstico e tratamento, torna-se essencial o conhecimento e atualizações constantes na área, garantindo que a melhor estratégia seja traçada para cada paciente.

Compartilhe
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest
Share on telegram
Share on whatsapp
Share on email
× Agendar Consulta!