A diferença move a Medicina, desde sempre. Cada caso impulsiona o estudo. Se, por um lado, o conhecimento conquistado sobre uma doença possibilita em certa medida a repetição do tratamento utilizado com sucesso, por outro a pesquisadora não cessa e nunca cessará de se ver confrontada com o ainda desconhecido. Em poucas palavras, a catalogação das patologias e suas respectivas terapias não anula a singularidade.

É esse deparar-se com o singular o que sempre me encantou na Medicina. Minha própria escolha foi singular, além de precoce. Mesmo adorando as ciências exatas e raciocínio lógico, percebi que não seguiria o mesmo caminho de meu pai, a engenharia. Sentia necessidade de estar perto de gente, ou melhor: queria estar por perto quando as pessoas tanto precisam, fazer a diferença. Conhecendo meu desejo, cheguei à Oncologia: uma escolha que foi feita cedo, permitindo-me ainda na faculdade conviver e aprender com grandes oncologistas.